Con van Velsen (1948, Bussum) formou-se fotógrafo. Por gostar de ler todos os tipos de livros, ele descobriu muitos livros sobre pintura e, especialmente, um livro sobre o ‘Vlaamse Primitieven’. Este livro foi uma revelação, daquele momento em diante, ele queria uma coisa: Pintar ele mesmo um daqueles trípticos incríveis. O começo foi difícil, ele nunca havia tocado em um pincel antes na vida. Anos depois dessa experiência, ele teve um sonho: Ele estava pintando e no sonho diluiu a tinta com algum tipo de solução. Ao acordar percebeu: essa era a chave para fazer uma boa pintura. Ele foi a uma loja de artistas e aprendeu que tinta a óleo deve ser diluída com médio. Ele imediatamente usou esse conhecimento e fez sua primeira boa pintura. Para aprender mais sobre as técnicas, ele foi para a Academia de Arte de Utrecht. Ficou ali apenas 1 ano, as coisas iam devagar demais para ele e ele sentia falta de atenção para o jeito preciso de pintar, adorava aprender. Dezenas de livros sobre os antigos mestres e sua maneira de trabalhar, livros de estudo sobre como fazer tintas, como um livro alemão de Kurt Wehlte, ‘Werkstoffe und Technieken der Malerei’, ensinou-lhe o caminho. Também visitar o Rijksmuseum o ajudou muito, principalmente as pinturas da 15ª Idade. Havia dias em que Van Velsen ia duas vezes por dia a Amsterdã, só para verificar o que queria aprender com uma pintura. Demorou 10 anos para desenvolver sua própria maneira de trabalhar, seu próprio estilo, e ele ainda está desenvolvendo isso. Seus exemplos mais importantes são: Hieronymus Bosch, Breughel, Dürer. Os tópicos de suas pinturas são fictícios. As paisagens e cidades que ele pinta, realmente não existem. Uma mistura de impressões e paixão pela ficção científica costuma ser a fonte. Em um papel branco e vazio, ele começa traçando um horizonte, o que desencadeia sua fantasia. Em sua cabeça nasce uma paisagem e enquanto sonha ele desenha o que aparece dentro de sua cabeça. O que acontece no papel então o inspira e então uma nova pintura está sendo feita. Nos primeiros anos trabalhou com têmpera self-made, depois com tinta a óleo. No momento ele usa acrílico, porque essa tinta seca rápido. Ele constrói suas pinturas com muitas camadas finas. Isso levaria uma eternidade com tinta a óleo. Pintar é a maneira perfeita de viajar para Van Velsen. Ele vai aonde quer e vê o que quer ver. Ele é o responsável pelo clima e sempre dá à taverna uma vista perfeita. Em seu mundo, não existem fábricas, nem obstáculos feios. A cerveja e o vinho são sempre bons e quando se senta numa das muitas grandes esplanadas à beira-mar, olhando a vila medieval do outro lado, banhando-se de sol, deseja que todos o vejam.
