O artista de Apeldoorn Serge de Vries (1968) formou-se na Universidade de Artes de Utrecht em 1995. Ele pinta itens do cotidiano; molhado sobre molhado, com tinta a óleo; realista, mas rápido. “Meu objetivo não é o fotorrealismo. Eu quero que cada pincelada apareça. Uso isso para orientar você, para chamar sua atenção para a parte do trabalho que considero importante. Essa parte recebe um pouco mais de atenção do que o resto; um pouco mais de detalhes.”

Não apenas objetos
Além de itens comuns, o trabalho de Serge retrata cada vez mais espaços e paisagens. “Estou me interessando mais pela atmosfera. Não apenas a iluminação, mas também a pergunta: 'Como é esse lugar? Está quente ou frio, agradável ou não?' Essa é a sensação que procuro capturar em meu trabalho.”

Serge também não é estranho a retratos. “Durante muito tempo, não pensei que pudesse pintar retratos. Estou feliz por finalmente ter mergulhado. Pintar retratos mudou minha forma de trabalhar. Uma única pincelada no lugar errado pode destruir a semelhança. Os retratos exigem ainda mais disciplina para manter o assunto. Agora também utilizo essa disciplina ao pintar objetos. Este doce é igualmente importante, digo a mim mesmo.

O trabalho de Serge é sobre emoções, seja ele pintando um donut ou um brinquedo Dinky. “Alguém recentemente se incomodou com uma pincelada em uma de minhas obras. Eu amo isso. Meu trabalho o comoveu. É para isso que eu faço. Quero que as pessoas sintam algo quando virem uma das minhas pinturas. Raiva, surpresa ou felicidade; ou mesmo apenas a emoção de uma memória. Enquanto meu trabalho evocar um sentimento, estou no caminho certo.”

“Há algum tempo, um filho e uma filha compraram a pintura de um prego para o pai idoso que era carpinteiro. Ele estava se mudando para uma casa de repouso e eles tiveram que esvaziar sua casa. Ele não podia levar muito com ele, quase tudo tinha que ir. A pintura foi a maneira de devolver algo a ele.